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Artrite, um mal que atinge todas as idades


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Artrite, um mal que atinge todas as idades

Dores e rigidez nas articulações, dificuldade de movimento pela manhã e sinais inflamatórios, como vermelhidão, inchaço e aumento da temperatura são alguns dos sintomas da artrite reumatoide, doença inflamatória crônica e autoimune, caracterizada por sinovite periférica e por diversas manifestações extra articulares. A patologia ataca vários órgãos e tecidos do corpo, com preferência pelas pequenas articulações das mãos e pés, punhos, tornozelos e joelhos, causando um inchaço que pode, em situações extremas, resultar em erosão óssea e deformidade articular.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite reumatoide acomete cerca de 1% da população – com predominância em mulheres entre 30 e 50 anos –, mas também ataca pacientes bem mais jovens. Quando o diagnóstico se dá em pessoas com menos de 16 anos, a doença recebe o nome de artrite idiopática juvenil. Nessa situação, pode envolver um número menor de articulações.

Não se sabe ao certo quais são as causas para o surgimento da artrite, como explica a reumatologista do Lifecenter, Joana Starling de Carvalho, que atende em Belo Horizonte (MG). "Entretanto, podemos elencar hipóteses, como fatores genéticos, tabagismo e infecções como pelos vírus Epstein barr e cytomegalovirus, além de estresse emocional, que pode estimular o desenvolvimento da reação autoimune", afirma.

Alguns dos sintomas são sutis, como cansaço, dor muscular, perda de peso, formigamento nas mãos e dor em pequenas articulações. Esses sintomas podem ser cíclicos, alternando períodos de melhora e piora, dando ao paciente a falsa ideia de que está tudo bem. As crianças entre 3 e 5 anos podem ter ainda mais dificuldade para descrever os incômodos. "Nessa faixa etária, a artrite tende a ser monoarticular. Então, é comum que a criança acorde mais prostrada, manque pela manhã, mas consiga se movimentar melhor, reagir na escola e desempenhar outras atividades ao longo do dia. Por isso, os pais podem demorar a identificar que há algo de errado", alerta a especialista.

 

Tratamento Artrite

O tratamento deve ter início assim que o diagnóstico for confirmado, para que a intervenção farmacológica tenha mais chances de melhorar o prognóstico. “O tratamento iniciado de forma rápida reduz o acometimento extra articular da artrite reumatoide, bem como a necessidade do uso de corticoide em dose alta. O corticoide é útil nas fases iniciais da doença e para alívio sintomático, mas, quando usado em doses altas e por longo período, provoca inúmeros efeitos colaterais”, explica a médica.

O tratamento medicamentoso é semelhante em todas as faixas etárias: inclui o uso de anti-inflamatórios não esteroidais e corticoides para as fases agudas e de drogas modificadoras do curso da doença, a maior parte delas imunossupressoras. "O imunossupressor sintético mais usado é o metotrexato, que controla o processo inflamatório na raiz. Como ele leva algum tempo para agir, pode-se usar os corticoides na primeira fase do tratamento, mas, à medida que o metotrexato age, é obrigação do médico reduzir os anti-inflamatórios, tanto os não esteroidais quanto o corticoide – especialmente porque eles podem trazer efeitos como obesidade, distúrbios do colesterol, diabetes e osteoporose, além do aumento do risco de infecções", alerta Joana Starling.

Em casos de pacientes que não respondem ao tratamento com metotrexato isolado, é possível associar outras medicações modificadoras do curso da doença, como a leflunomida. Além disso, sulfato de hidroxicloroquina, difosfato de cloroquina e sulfassalazina são acrescentados gradualmente nos casos de inflamação persistente. Quando, ainda assim, o tratamento não é eficaz, a indicação é lançar mão dos medicamentos biológicos, moléculas análogas às substâncias produzidas pelo organismo humano, que têm efeito anti-inflamatório. O tratamento varia conforme o estágio da doença e a resposta do paciente, mas sempre é personalizado.

É importante destacar a necessidade de acompanhamento médico e a realização de exames a cada 2 ou 3 meses para a detecção precoce de efeitos adversos, como anemia e hepatite medicamentosa. Para pacientes que utilizam antimaláricos, o acompanhamento oftalmológico semestral também é recomendado.

Como na maior parte das doenças, o tratamento da artrite reumatoide ou juvenil deve ser multidisciplinar, podendo envolver, além do reumatologista, pediatra, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, nutricionista, oftalmologista, psicólogo e neurologista – todos atuando para que o paciente possa continuar a exercer as atividades da vida diária.

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